Actividades Eixo 2

Eixo 2 – Intervenção Psicoeducativa Multifamiliar: intervenção grupal com famílias que apresentam problemas focalizados em áreas específicas do funcionamento familiar.

Auto(Ria)


O CAFAP dinamizou um grupo de pais com filhos adolescentes. Este grupo surgiu da necessidade sentida durante sessões familiares, onde se verificou que as preocupações e desafios manifestados pelos pais, com filhos na adolescência, eram semelhantes entre si. Assim, a equipa construiu e dinamizou sessões de um Programa de Prevenção e Intervenção em Meio Familiar – Auto(Ria), tendo sido abordados temas como: história, identidade e forças da família; projectos para o futuro; estabilidade e afectos; estratégias de coping; regras e partilha de tarefas; comunicação e momentos de envolvimento familiar. Partindo da metáfora da construção do moliceiro, símbolo da Ria de Aveiro e, portanto, familiar a todos os participantes, foram abordados os simbolismos de cada constituinte deste barco e transpostos para temas familiares relevantes da fase desenvolvimental em que estas famílias se encontravam. O grupo, composto por 11 mães, funcionou às quintas-feiras, das 14 às 16 horas, nas instalações do CAFAP.

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No passado dia 9 de Março de 2011, o CAFAP terminou a dinamização do Programa de Prevenção e Intervenção em Meio Familiar com filhos adolescentes Auto(Ria). Durante 13 sessões, pais e filhos foram convidados a realizar uma “viagem” pelas suas próprias famílias, através do acompanhamento da história da “família Silva”, que havia sonhado construir um barco moliceiro para navegar na Ria e preparar os seus filhos para a vida adulta. O barco é encarado, metaforicamente, como a própria família, que se constrói, progressivamente, a partir de várias dimensões: os pais foram tendo oportunidade de reflectir acerca da identidade familiar, das suas forças, dos seus sonhos, dos seus valores, em suma, da forma como sempre pretenderam criar os seus filhos e como sempre sonharam a sua família. Depois de terem tido espaço para encetarem estas reflexões, foram convidados a entregar aos seus filhos o “fruto” do seu trabalho – o próprio moliceiro construído. Os filhos receberam, portanto, o “testemunho” dos seus pais, convertendo-se eles próprios em construtores da sua auto(ria) e em co-construtores da sua família. Com o trabalho desenvolvido pelos filhos, sempre com a monitorização dos pais, estes foram “apetrechando” o seu barco, dotando-o dos instrumentos que podem tornar a vida em família mais fácil e feliz e preparando-os, simultaneamente, para irem pensando no seu futuro, enquanto adultos autónomos e autores da sua vida. No final, tal como conta a “história” da família Silva, os seus filhos, a Rita e o João, estavam finalmente preparados para navegarem sozinhos na Ria. Tinham um barco sólido para navegar, barco esse que os seus pais haviam arquitectado e tinham apetrechos que lhes permitiram antecipar algumas das dificuldades que a travessia da vida pode levantar. Estavam portanto, preparados para a “viagem inaugural”… Também as famílias participantes deste grupo foram convidadas a, simbolicamente, realizarem a viagem inaugural. Neste sentido, todos nos deslocámos ao cais do Bico, para fazer a largada dos barcos moliceiros que haviam sido construídos ao longo das sessões. Nesta viagem, os adolescentes tinham um papel de destaque, mantendo-se os seus pais como observadores atentos. No final da largada, todos foram convidados a partilhar um lanche-piquenique. No final do programa foram analisados os resultados alcançados, de acordo com a metodologia de avaliação utilizada, com vista à verificação da pertinência de futuras implementações.

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